Quando Noel Rosa escreveu que “batuque é um privilégio, ninguém aprende samba no colégio”, em Feitio de Oração, ele previa o papel que as escolas de samba, que começavam a surgir nos anos 1920, desempenhariam na formação de 'bambas' para a Música Popular Brasileira. Nessa época, o ensino fundamental era ministrado na Portela e na Estação Primeira de Mangueira, escolas de samba fundadas, respectivamente, por Paulo da Portela e Cartola.
Ao desembarcar no Rio de janeiro, no final dos anos 1950, o paraibano José Inácio dos Santos já entrou na escola pela porta da frente. Ajudou a fundar a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, afilhada da Império Serrano e começou a fazer nome e fama na Cidade Maravilhosa como Zé Katimba. Em 1972, elevou a Imperatriz ao quarto lugar no Grupo 1, com o enredo "Martim Cererê", homenagem ao poeta paulista Cassiano Ricardo. A de Zé Katimba neste samba-enredo, feito em parceria com Gib, mostrou a capacidade da sua caneta a serviço do samba, ao lado de parceiros notáveis como Martinho da Vila, João Nogueira, Alceu Maia e Niltinho Tristeza.
O DNA do samba de Zé Katimba foi transmitido ao filho Inácio Rios, respeitando o como dois por quatro. Sobre esta base ele vem escrevendo a própria história. O batismo foi feito em 2004, aos 19 anos, quando Inácio disputou um samba-enredo na Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, para o carnaval do ano seguinte e, assim, consagrou-se o mais jovem campeão de samba-enredo da história dos carnavais.
A relação entre Zé Katimba e o filho Inácio Rios se estreitou nas parcerias e presenças obrigatórias nas rodas de samba cariocas.
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