Depois de mais de seis anos do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, começou nesta quarta-feira (30/10), no Rio de Janeiro, o julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Réus confessos do crime, os dois acusados participam do júri popular por videoconferência, diretamente das unidades onde estão presos.
Ao longo de dois dias, nove testemunhas serão ouvidas: sete foram indicadas pelo Ministério Público e duas pela defesa de Ronnie Lessa. A primeira testemunha a depor foi Fernanda Chaves, que era assessora de Marielle e foi a única sobrevivente do atentado. Ela estava no carro da vereadora e se abaixou no momento do ataque.
Fernanda falou por videoconferência durante uma hora e meia. Ela contou que precisou morar fora do país por três meses, por orientação da justiça, e contou como o processo foi traumático para toda a família, principalmente para a filha de seis anos, que estava na época no processo de alfabetização e precisou ficar por seis meses fora da escola.
Antes do julgamento, familiares e amigos de Marielle e de Anderson fizeram um protesto ao lado do Tribunal de Justiça do Rio. Os manifestantes levavam girassóis nas mãos, flor que representa o legado da vereadora de mulheres negras na política brasileira.
O ato contou com a participação de integrantes da Anistia Internacional, do Movimento de Mulheres Negras e de Mães Vítimas do Estado, além da família de Marielle e de Anderson Gomes.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.