No Rio de Janeiro, Jacqueline Bacellar, funcionária do laboratório PCS Saleme, envolvido no caso dos pacientes contaminados com o vírus HIV em transplantes, disse em depoimento à polícia que a ordem era cortar custos, e que essa orientação vinha do próprio Walter Vieira, um dos sócios da empresa. Ela também apresentou prints de conversas que indicam a manipulação de resultados.
Jacqueline afirmou que a ordem de economizar abrangia todas as áreas do laboratório, inclusive em relação ao controle de qualidade dos reagentes usados para a realização das análises do material fornecido pelos clientes e também por doadores de órgãos.
Ela afirma que a calibragem dos diversos aparelhos usados para os exames deveria ser feita diariamente, mas Walter Vieira ordenou que fosse feita uma vez por semana. O laboratório ou a negligenciar os processos em janeiro, mas o controle voltou a ser diário depois que Walter soube da fiscalização da vigilância sanitária. Além disso, Jacqueline disse que a empresa tinha ciência de irregularidades em exames de transplantados desde agosto, e ela nunca teve o aos resultados de análises de órgãos para transplantes, afirmando que sua teria sido fraudada pelo setor de informática do laboratório, sob responsabilidade de Mateus Vieira, filho de Walter Vieira e um dos donos do laboratório.
A polícia teve o a mensagens que teriam sido trocadas pelos funcionários do laboratório PCS Saleme. Nas capturas de tela de supostas conversas entre Jaqueline Bacilar e Walter Vieira, sócio do laboratório, o médico teria dito que alteraria resultados de exames de um paciente.
Tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal investigam o caso. Esta semana, um dos sócios do laboratório, que era o responsável por fazer exames antes dos transplantes, e três funcionários, foram presos. A Polícia investiga ainda o processo de contratação da empresa pela Fundação Saúde.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.