A Advocacia Geral da União (AGU) pediu à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários a abertura de procedimentos policiais e istrativos para apurar informações falsas atribuídas a Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central. Postagens feitas na rede social X, nessa quarta-feira (18/12), atribuem a Galípolo declarações de que a moeda dos Brics seria uma proteção contra a influência do dólar e de que haveria uma meta do Banco Central para levar a moeda americana ao patamar de cinco reais. Segundo a AGU, essas informações geraram impactos negativos na cotação do dólar, que atingiu o patamar de R$ 6,26.
A AGU pede a apuração de possíveis crimes contra o mercado financeiro, já que considera haver uma relação direta entre o câmbio e os valores mobiliários negociados em bolsa. Galípolo minimizou o caso na manhã desta quinta-feira (19/12), dizendo ser difícil mensurar o impacto dessas informações falsas. Ele assume o Banco Central em 1º de janeiro, no lugar de Roberto Campos Neto, que termina o mandato no dia 31 de dezembro.
Ainda sobre o Banco Central, o órgão divulgou nesta quinta-feira (19/12) o relatório trimestral da inflação. De acordo com o BC, a inflação acumulada em 12 meses aumentou de 4,2%, em agosto, para 4,9%, em novembro. Para 2025, a projeção é que chegue a 4,5%. Para 2026, a previsão é 3,6%. O limite da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5%. O motivo da alta, segundo o relatório, é a pressão sobre o preço de alguns alimentos, especialmente a carne, o aquecimento da atividade econômica e também a alta do dólar.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), as projeções de crescimento foram revisadas para cima: 3,5% em 2024 e 2,1% em 2025.
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