A campanha para as eleições municipais deste ano foi recordista em violência política na última década. É o que revela uma pesquisa das organizações Justiça Global e Terra de Direitos. Entre novembro de 2022 e outubro de 2024, foram registrados 714 casos contra candidatos, representando um aumento de mais de 100% em relação ao pleito de 2016.
São três levantamentos, que mostram um aumento progressivo da violência. Entre 2016 e 2020 foram registrados um pouco mais de 350 casos. De 2020 a 2022, o número subiu para mais de 500. E, de 2022 a 2024, ultraou 700 ocorrências.
Em relação aos tipos de violência, a maior parte dos casos envolve ameaças, mas também há registros de atentados, ofensas, agressões e até assassinatos. Desde o primeiro levantamento, feito em 2016, já foram contabilizados 159 mortes motivadas por questões políticas no Brasil.
Segundo as entidades responsáveis pelos levantamentos, a violência que ocorre nos municípios também está relacionada a disputas territoriais. As organizações sugerem uma regulação mais eficiente da internet para que a justiça chegue aos responsáveis, especialmente porque mais de 70% das ocorrências nos últimos dois anos dizem respeito a ameaças realizadas em meios digitais. Outra recomendação é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) invista mais em campanhas contra discursos de ódio.
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