Morreu hoje, aos 80 anos, o ator Ney Latorraca. Ele estava internado em um hospital no Rio de Janeiro há quase uma semana. O artista morreu em decorrência de uma infecção pulmonar.
Ele estava com a saúde debilitada desde 2019, quando descobriu um câncer de próstata. Submeteu-se a uma cirurgia na ocasião, fez tratamentos, mas o câncer retornou em agosto deste ano de forma agressiva.
Ney era paulista de Santos, filho de artistas – pai cantor de boate e a mãe corista. Começou cedo, aos seis anos, com uma participação em uma rádio. Aos 19 anos, estreou no teatro com o papel em Pluft, o Fantasminha, peça infantil de Maria Clara Machado. Talentoso, não demorou a abrir caminhos no palco. Na década de 1970, atuou em espetáculos de autores consagrados, sob o comando de diretores importantes, em montagens de sucesso junto à crítica e ao público.
Na televisão, Ney fez personagens de sucesso. Começou na TV Cultura, de São Paulo, e ou pela Record. Na TV Globo, teve participações em várias novelas, séries e programas de humor.
Era um ator versátil, sabia fazer drama e comédia. Era um artista carismático, agradava o grande público e foi capa de várias revistas de grande circulação. Ney também fez cinema e protagonizou cenas com Tarcísio Meira em uma adaptação de Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues.
O último trabalho de Ney Latorraca foi em Cine Hollywood, para um canal de streaming em 2019, cinco anos após anunciar que se aposentaria.
Nas redes sociais, inúmeros amigos se despediram do irreverente Ney Latorraca. José de Abreu lembrou o dia em que Ney Latorraca mordeu uma cebola como se fosse uma maçã. Ary Fontoura disse que recebia a notícia com muita tristeza e desejou que ele descanse em paz. Miguel Falabella lembrou que teve uma vida de gargalhadas ao lado de Ney Latorraca e que estava sendo difícil chorar. Neuza Borges escreveu que ele era um amigo incrível com quem teve o prazer de estrear nos palcos.
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