No Rio de Janeiro, uma investida da Polícia Civil desmonta uma quadrilha especializada em roubar celulares e praticar extorsões. A operação chama-se Omiros, em alusão a um grupo de resistência criado na Grécia durante a Segunda Guerra Mundial. A Polícia Civil saiu para cumprir 43 mandados de prisão e, até agora, 37 foram cumpridos.
Essa operação mira uma organização criminosa acusada não só de roubar celulares, mas também de violentar psicologicamente as vítimas, obrigando-as a revelar senhas de aplicativos financeiros, de bancos e até mesmo as senhas de desbloqueio do celular. Essa prática era vantajosa para a quadrilha, já que o preço de revenda de celulares desbloqueados é maior do que o de aparelhos bloqueados.
Os celulares eram roubados em locais de grande circulação de pessoas, como a Central do Brasil, no centro da capital, o calçadão de Bangu, na zona oeste, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os criminosos se aliavam a traficantes, que forneciam armas e com quem os lucros eram divididos.
A quadrilha possuía uma estrutura financeira complexa para lavar o dinheiro obtido com a revenda dos celulares roubados. O dinheiro, por exemplo, era dividido em contas de terceiros para evitar rastreamento. Segundo a polícia, o impacto emocional sobre as vítimas era ainda maior do que o do roubo, já que recebiam ameaças de morte e eram chantageadas com a possibilidade de ter seus dados sigilosos expostos nas redes sociais.
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