Depois de dizer que os Estados Unidos assumiriam a Faixa de Gaza e que os palestinos deveriam ir para outros países, o presidente Donald Trump voltou a falar sobre o conflito no Oriente Médio. Diante da ameaça do Hamas de atrasar a entrega dos reféns no sábado (15/2), Trump aconselhou Israel a romper o acordo de cessar-fogo com o grupo e deixar “o inferno se instaurar”.
As forças de defesa de Israel reforçaram as tropas na fronteira com a Faixa de Gaza. Segundo o governo israelense, o atraso na entrega de reféns configura uma violação do cessar-fogo, em vigor há três semanas.
Ao declarar que atrasaria a libertação de novos reféns, o Hamas acusou Israel de dificultar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, atrasar o retorno de deslocados ao norte do território e realizar bombardeios. E exige que o governo israelense compense os termos violados. Segundo a agência de notícias Reuters, novas negociações para as próximas fases foram adiadas e mediadores do cessar-fogo temem que o acordo possa ruir.
Além de sugerir que Israel rompa o acordo de cessar-fogo, Trump ameaçou ainda suspender a ajuda à Jordânia e ao Egito, caso os dois países se recusem a acolher refugiados palestinos que estão sendo retirados de Gaza. Em resposta a Trump, o porta-voz do Hamas disse que “a linguagem das ameaças não tem valor e complica ainda mais as coisas”. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a necessidade de evitar a todo custo a retomada das hostilidades em Gaza, o que, segundo ele, levaria a uma imensa tragédia.
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