Em meio a um cenário geopolítico espinhoso e restrições comerciais, especialmente nos Estados Unidos, o presidente Lula teve nesta terça-feira (25) o primeiro encontro de trabalho com autoridades japonesas na viagem de cinco dias à Ásia.
Depois do Japão, o Lula vai ao Vietnã. O presidente, a primeira-dama, Janja, e demais membros da comitiva foram recebidos pelo imperador Naruhito e pela imperatriz Masako, numa cerimônia militar de boas-vindas no Palácio Imperial.
Em seguida, houve um encontro reservado do presidente com o imperador. A visita tem como objetivo expandir as parcerias empresariais e discutir investimentos e cooperação em várias áreas estratégicas para reforçar as relações de 130 anos entre o Brasil e o Japão. Além de tentar abrir mercados específicos, entre eles o de carnes, está na pauta da viagem a perspectiva de avançar nas negociações para acordos comerciais com o Mercosul.
Em relação à carne, os negociadores brasileiros vão tentar trazer ao país uma missão sanitária para inspecionar as condições da produção brasileira, um dos os para o o ao mercado do produto no Japão, terceiro maior importador de proteína animal do mundo e terceiro maior parceiro comercial do Brasil na Ásia.
A ideia, segundo Lula, é recuperar o que o Brasil perdeu no comércio com o Japão. Mesmo tendo a China como principal destino de produtos brasileiros, o país vai insistir em abrir novos mercados para não ficar refém de outras economias, principalmente dos Estados Unidos.
Logo depois da viagem de Lula, o governo americano deve anunciar mais uma rodada de tarifas que podem afetar diretamente o Brasil e o Japão, já que o presidente Donald Trump ameaçou incluir o país em uma lista de afetados por tarifas no setor automobilístico.
No Vietnã, que se tornou o 5º maior consumidor dos produtos agropecuários brasileiros, o objetivo também é fortalecer a parceria e consolidar o país como parceiro estratégico do Brasil.
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