O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25/4), quando se deslocava de Alagoas para Brasília. Ele encontra-se detido na superintendência da Polícia Federal em Maceió. A prisão atende a determinação feita na noite de quinta-feira (24/4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, essa ordem de prisão será avaliada pelo plenário da Suprema Corte, que vai decidir se Collor permanece ou não preso. O ex-presidente foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção iva, dentro de processos da operação Lava Jato. De acordo com a denúncia, Collor atuou e foi o responsável por indicações políticas da BR Distribuidora, e recebeu R$ 20 milhões em contratos da empresa de 2010 a 2014. A prisão do ex-presidente se deu após Moraes recusar um recurso da defesa de Collor.
Na manhã de hoje o ex-presidente ou por uma audiência de custódia, por meio de videoconferência, e pediu para continuar preso em Maceió. O ministro Alexandre de Moraes ainda vai decidir a respeito,
Histórico de Fernando Collor 3l4n4z
De família de tradição política e formado em economia, Fernando Collor de Mello entrou para a vida pública aos 30 anos, como prefeito de Maceió, nomeado pelo regime militar em 1979. Em 1986 foi eleito governador de Alagoas, com um discurso contra a corrupção e os chamados “marajás”, servidores públicos com altos salários.
Em 1989 venceu as primeiras eleições diretas para presidente da República após a ditadura, derrotando Luiz Inácio Lula da Silva. Seu governo foi marcado por uma agenda de privatizações, abertura econômica e pelo polêmico Plano Collor, que confiscou a poupança. Em 1992, denúncias do próprio irmão, Pedro Collor, revelaram um esquema de corrupção em reformas na Casa da Dinda, mansão onde morava em Brasília, e de tráfico de influência envolvendo o ex-tesoureiro da campanha, Paulo Cesar Farias.
O caso chegou ao Congresso, que abriu uma I e deu início ao processo de impeachment. As denúncias ganharam as ruas e o movimento dos jovens caras pintadas exigia a saída do presidente. No fim de 1992, o Senado afastou o Collor em definitivo. Mesmo com a tentativa de renúncia na última hora, ele teve os direitos políticos suspensos por oito anos.
Em 2006 Collor retornou à política como senador por Alagoas e foi reeleito em 2014. Em 2022 tentou voltar ao governo do estado, sem sucesso.
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