Cinco dias de mobilização pelos direitos dos povos indígenas, com conversas com representantes dos três poderes e muitos eventos culturais. Esse é o Acampamento Terra Livre (ATL), que termina nesta sexta-feira (11), em Brasília. O ATL contou, ao longo da semana, com a participação de cerca de 7.000 indígenas, de cerca de 150 etnias. Como você disse, eles vieram a Brasília para se manifestar sobre o temporal, os conflitos territoriais e também defender uma transição energética justa, a criação da Comissão Nacional da Verdade Indígena e da Comissão Indígena Internacional para a COP30.
Os eventos transcorreram pacificamente, com exceção de uma marcha do grupo até o Congresso Nacional, na noite de ontem. De acordo com a Câmara dos Deputados, cerca de mil indígenas que estavam na parte baixa romperam a linha de defesa da Polícia Militar, derrubaram um gradil e invadiram o gramado do Congresso Nacional. A Polícia Legislativa usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) explicou que o o ao gramado do Congresso ocorreu de forma espontânea, e não como um ato de violência. Acrescentou ainda que a ação da Polícia Legislativa foi truculenta e sem fundamento.
A voz das crianças
Entre os participantes do ATL, as crianças também tiveram voz na defesa dos direitos dos povos originários. Durante essa semana, os pequenos indígenas debateram as dificuldades enfrentadas por conta da devastação ambiental. E tudo isso foi reunido em uma carta entregue às ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
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