O sumiço dos tatuís de muitas praias tem levado a ciência a investigar por que a população desses crustáceos diminuiu ao longo dos anos. Pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)0, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), e da Fiocruz estão juntos num projeto que parte da observação de espécies encontradas no estado para procurar respostas.
Eles fazem parte das memórias de infância de muita gente na praia. Os tatuís são um bioindicador de saúde ambiental e estão cada vez mais difíceis de serem vistos. Microplásticos, pisoteio, descarga de esgoto, alterações na temperatura da água e obras de engenharia na orla: tudo isso junto causou a redução da população do pequeno crustáceo, pesquisado pela Unirio há mais de trinta anos.
A Praia de Fora, na Fortaleza São João, em uma área militar na zona sul do Rio, é ainda um dos refúgios dos tatuís. Aqui, eles são monitorados há trinta e dois anos, assim como na Restinga da Marambaia, outra área militar na zona oeste da cidade.
Tatuís são considerados elos tróficos: se alimentam de nutrientes microscópicos e, ao mesmo tempo, servem de alimento para crustáceos maiores, peixes e aves costeiras.
A vida de um tatuí começa na água, na fase de larva, que dura cerca de três meses. Depois, já é possível encontrar os pequeninos, que retornam à areia. Esse estágio coincide com o período de verão, quando as praias ficam mais cheias. Por isso, muitos não conseguem chegar à fase adulta. Menos de um por cento dos ovos se torna um novo indivíduo.
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