O ex-advogado da construtora Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, acusou o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), e o ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), por suposta tentativa de extorsão e de perseguição no âmbito da Operação Lava Jato. Tacla Duran foi ouvido nesta segunda-feira (27) pelo novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio. Ele é réu em um processo aberto há sete anos, acusado de ter feito lavagem de dinheiro para a empreiteira.
No depoimento ele se refere ao escritório de advocacia de Rosângela Moro (União Brasil-SP), esposa de Sérgio Moro, como sendo do ex-juiz.
Duran também acusa Dallagnol de participar do mesmo esquema e tentar extorqui-lo. O advogado também mandou foto e áudio de um possível encontro, em São Paulo, com representantes de Moro.
Após a acusação, Tacla Duran foi incluído no programa de proteção à testemunha, e o caso enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que Moro e Dallagnol têm foro privilegiado.
Resposta dos acusados 386q4z
Em nota, o senador Sérgio Moro disse que Tacla Duran, após inicialmente negar, confessou lavar profissionalmente dinheiro para a Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada na Lava Jato. Que desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou. E que tenta, desde 2020, fazer delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), sem sucesso, por ausência de provas. O senador encerra dizendo que não teme qualquer investigação.
Pelo Twitter, o deputado Deltan Dallagnol acusou o juiz federal que conduziu a audiência de lulista e midiático. E chamou Tacla Duran de mentiroso compulsivo, criminoso confesso e lavador de dinheiro profissional.
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