Relatório divulgado nesta sexta-feira (22) pela Controladoria-Geral da União (CGU) aponta irregularidades nos auxílios emergenciais pagos pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, no ano ado, sobretudo no período eleitoral. Segundo o documento, 93% dos contratos de crédito consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil foram firmados entre o primeiro e o segundo turno das eleições.
De acordo com a CGU, R$ 1,97 bilhão foram pagos indevidamente por meio dos auxílios taxista e caminhoneiro em 2022. Também foi constato que 356.773 pessoas receberam as parcelas do auxílio entre julho e dezembro no ano ado sem ter direito legal aos recursos no período em que o Jair Bolsonaro tentava a reeleição.
A auditoria da CGU também concluiu que R$ 8,4 milhões foram descontados no ano ado, pela Caixa, de forma indevida de 46 mil famílias beneficiárias do programa Auxílio Brasil. Essas pessoas tiveram valores descontados sem terem contratado empréstimo consignado com o banco. Além disso, cinco mil famílias contrataram empréstimos que comprometeram o valor recebido acima do limite permitido, que era de 40% do benefício. E com taxas de juros de 150%. cinquenta por cento ao ano.
A Controladoria-Geral da União enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a conclusão dessas auditorias realizadas no pagamento dos benefícios criados pelo governo Jair Bolsonaro. Para a CGU, os dados podem servir para novas apurações no TSE contra Bolsonaro ou para abastecer ações que já tramitam no tribunal por suspeita de crimes eleitorais.
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