Hoje, 17 de outubro, é o Dia Internacional para Erradicação da Pobreza. A data remete a um ato feito em 1987, pelo padre Joseph Wresinski, que reuniu cem mil pessoas na Praça dos Direitos Humanos em Paris. Naquele dia, foi inaugurada uma pedra com a frase: “Onde homens e mulheres são condenados a viver na pobreza, os direitos humanos são violados".
A erradicação da pobreza é a meta número um da Agenda do Desenvolvimento Sustentável 2030, das Nações Unidas (ONU). Mas hoje, para marcar a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu que a estimativa da organização é de que, em sete, anos quase 500 milhões de pessoas ainda estejam vivendo na extrema pobreza.
Segundo a ONU, atualmente, cerca de 700 milhões de pessoas no mundo vivem com menos de US$ 2,15 por dia, o que dá menos de R$ 11. Esse número representa 8,5% de toda a população mundial. Há também outros níveis de pobreza como dificuldade de o às coisas mais básicas: água, alimentação, educação e saúde. E essas situações sujeitam os indivíduos a más condições de trabalho, moradias inseguras e desigualdade de o à justiça e outros problemas sociais.
No Brasil, o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito em 2021, contabilizou mais de 18 milhões de pessoas na extrema pobreza e em situação extremamente vulnerável. Atualmente, 96 milhões de brasileiros, nas faixas de pobreza e extrema pobreza, podem participar de programas sociais como o Bolsa Família.
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Para falar desse assunto, o Repórter Brasil recebe Antônio Prado, economista, membro da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Ele comenta o cenário de combate à situação no país e a evolução dos indicadores nos últimos anos.
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