Cheias, secas, tragédias climáticas que se espalham pelo mundo. Para frear a degradação da Terra, as Nações Unidas (ONU) criaram o Dia Mundial do Meio Ambiente, que se celebra hoje, 5 de junho. Lideranças mundiais em diferentes campos estão reunidas nesta semana para encontrar soluções para a restauração do planeta.
Todos os anos autoridades dos Estados e entidades da sociedade civil se reúnem para discutir as emergências ligadas a mudanças climáticas. Em 2024, a reunião acontece na Arábia Saudita e o foco é o problema da desertificação, a restauração de terras e a resiliência à seca. Mas os efeitos das mudanças climáticas estão em toda parte. No Sul do Brasil, a enchente afetou quase 95% do Rio Grande do Sul, de acordo com um relatório da Defesa Civil gaúcha. Ao todo, 476 municípios foram atingidos.
E o tempo é de extremos. Seca no pantanal. O período de estiagem começou no mês ado e o alerta do Serviço Geológico do Brasil é de seca severa nos próximos meses na bacia do rio Paraguai. Os impactos são locais, regionais e internacionais: na fauna, na flora, nas comunidades ribeirinhas, limitação à navegação, risco de incêndios florestais.
O relatório anual de desmatamento, publicado pela Rede MapBiomas, revela que o cerrado já é o bioma mais devastado no Brasil. É no cerrado que ocorre 61% do desmatamento total. Maranhão foi o estado onde mais se desmatou no ano ado. O Brasil perdeu mais de um milhão de hectares de cerrado só em 2023. Isso equivale a sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo. A devastação da Amazônia não deixa de ser preocupante: há dois anos a fumaça das queimadas no Norte do país cobriu cinco milhões de quilômetros em território brasileiro, atingindo São Paulo, Paraná e até a Bolívia.
As mudanças climáticas são reais e demandam políticas de resiliência para as cidades e regiões que podem ser mais afetadas. Chuvas fortes vão acontecer de novo, famílias vão perder suas casas e novamente a sociedade civil vai se mobilizar em solidariedade. Mas muitas perdas ainda podem ser evitadas.
Além da resiliência e da prevenção a catástrofes, enfrentar as mudanças climáticas envolve observar o Código Florestal Brasileiro, uma das leis de proteção mais avançadas do mundo, para preservar e também obras de adaptação à nova realidade.
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