São Paulo sofreu, em menos de um ano, dois apagões que afetaram mais de dois milhões de clientes. Esse cenário traz de volta uma antiga discussão, que é o aterramento dos fios. Com grande parte da rede elétrica exposta, a principal causa das quedas de energia na Grande São Paulo foi um rompimento dos cabos devido à queda de galhos e árvores. Manter a poda de árvores em dia é uma forma de atenuar o problema, o que deveria ser feito de maneira coordenada entre a prefeitura e a Enel. Agora, a melhor forma de proteger a rede elétrica do impacto das chuvas seria enterrar os cabos.
“É uma coisa que não é nem um ano que você vai fazer em toda a cidade. Tem que fazer um plano: enterrar tantos quilômetros por ano e definir as regiões que vão ser as primeiras, talvez as mais críticas, as que têm talvez mais árvores, que têm um maior número de desligamentos. Talvez esse seja um critério a ser usado”, explica José Aquiles Baesso Grimoni, professor da Escola Politécnica da USP.
A Prefeitura de São Paulo tem um programa que previu o aterramento gradual de parte da afiação. Neste ano, quase mil postes foram removidos na cidade, mas isso é pouco para o tamanho da rede. A solução é adotada por cidades em outras partes do mundo e também no Brasil, como no caso de Brasília.
O problema é que aterrar a rede custa muito dinheiro. O enterramento da afiação tem custos; no entanto, existem alternativas, como a adotada na Universidade de São Paulo, em que o transformador, a parte mais cara do projeto, fica na superfície.
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