No Líbano, milhares de moradores que haviam sido forçados a deixar o sul do país começaram a voltar para casa assim que o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah entrou em vigor. Infelizmente, para muitos o retorno serviu para constatar que a própria casa havia sido destruída.
O cessar-fogo entrou em vigor às 4h da manhã no horário local, 23h em Brasília. Milhares de libaneses iniciaram seu retorno. Em Beirute, o dia amanheceu com celebração. Alguns apoiadores do Hezbollah agitaram bandeiras do movimento próximo à capital. A emoção pelo fim dos bombardeios veio acompanhada pelo alívio de poder deixar os abrigos improvisados.
Também em clima de comemoração, moradores da cidade de Tiro, no sul, deram as boas-vindas a quem retornava jogando arroz sobre os carros. Tiro foi fortemente bombardeada nos últimos dias antes do cessar-fogo. Muitos se depararam com as próprias casas em ruínas.
O exército do Líbano, que tem a tarefa de ajudar a garantir que o cessar-fogo se mantenha, movimenta tropas para o sul do país e pediu que os moradores das vilas mais próximas da fronteira adiem o retorno para casa até que o exército israelense se retire completamente.
De acordo com a ONU, quase 900 mil pessoas foram deslocadas internamente no Líbano, enquanto mais de 540 mil fugiram para a Síria. Segundo o Ministério da Saúde libanês, desde outubro do ano ado os ataques israelenses mataram cerca de 3.800 pessoas e feriram 15.700. Esses números não diferenciam entre civis e combatentes do Hezbollah.
No lado israelense, cerca de 60 mil pessoas haviam deixado suas casas. Quem retornou também levantava os prejuízos. Calcula-se que o Hezbollah disparou 16 mil mísseis contra Israel. Os ataques mataram 45 civis, e as baixas militares somam 73, incluindo atingidos internamente ou em combate.
*Restrição de uso: Este conteúdo apresenta imagens de terceiros, impedindo sua publicação ou exibição em outras plataformas digitais ou canais de televisão que não sejam de propriedade da TV Brasil.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.