Mais da metade da população indígena brasileira vive em áreas urbanas, e o analfabetismo vem caindo entre os indígenas, mesmo estando acima da média nacional. É o que mostram os novos dados do Censo de 2022, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O país tinha, em 2022, um milhão, 694.836 indígenas. Eles viviam em 4.833 municípios. Foram identificadas 8.568 localidades indígenas, além de outros 2.689 locais de concentração dessa população. A região Norte concentra o maior número de localidades indígenas, somando mais de 5 mil. Depois, vêm o Nordeste, com 1.764; Centro-Oeste, com 1.101; Sul, com 308; e Sudeste, com 236. O estado do Amazonas possuía o maior número de localidades, com 2.570. Em segundo lugar estava o Mato Grosso, com 924, seguido do Pará, com 869, e do Maranhão, com 750.
Quase 54% de toda a população indígena morava em áreas urbanas, enquanto pouco mais de 46% viviam em áreas rurais. O Sudeste concentrava o maior percentual de população indígena em situação urbana, com 77,25%. O Norte tinha cerca da metade da sua população indígena em situação urbana e outra metade em situação rural. O Centro-Oeste apresentava o menor percentual em área urbana, com 37,95%.
O analfabetismo na população indígena teve reduções significativas, com uma queda de 15,5% e de 20,8% entre os que residiam em terras indígenas. Apesar da redução, essas taxas estão bem acima da média da população do país, que é de 7%. A proporção de indígenas em áreas urbanas residindo em domicílios com precariedade no esgotamento sanitário é mais de duas vezes a proporção desta precariedade para a população urbana do país.
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