Os chefes de estado do Mercosul e a representante da União Europeia anunciaram hoje que foi firmado o acordo de livre comércio entre os países que compõem esses mercados. Segundo o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, com a redução das tarifas de exportação, o PIB brasileiro pode crescer mais de 55 bilhões de reais por ano. O acordo foi anunciado em uma coletiva de imprensa em Montevidéu, no Uruguai, onde ocorre a cúpula de chefes de estado do Mercosul.
Um anúncio simbólico do Mercosul contra o protecionismo destacou a parceria entre a União Europeia e o bloco sul-americano, que juntos representam um PIB superior a 22 trilhões de dólares e uma população de mais de 700 milhões de pessoas.
"Este acordo não é apenas uma oportunidade econômica, é uma necessidade política. Sei que eventos recentes apontam para o isolamento e a fragmentação, mas este acordo é nossa resposta clara: estamos juntos no cenário global como parceiros," afirmou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
Após 25 anos de negociações, o tratado agora seguirá para revisão jurídica, tradução e aprovação nos legislativos nacionais dos países-membros, incluindo o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia.
Durante seu discurso, o presidente Lula mencionou a recente crise com a França sobre a importação de carne do Mercosul. Ele reafirmou que o bloco não aceitará tentativas de difamar a qualidade e a segurança dos produtos da região. Além disso, elogiou o novo texto do acordo, ressaltando que é muito diferente do apresentado em 2019, que continha condições consideradas inaceitáveis. O tratado representa um marco político e diplomático, sinalizando uma postura conjunta contra o protecionismo e em favor de maior integração econômica global.
O presidente Lula destacou a população do Mercosul como uma grande força do bloco, ressaltando que sua relevância vai além da dimensão econômica e comercial. Ele também defendeu a retomada de mecanismos que promovam a participação ativa da sociedade, fortalecendo a integração e o papel dos cidadãos nas decisões do bloco.
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