Você acha que nós, brasileiros, como cidadãos, estamos reando hoje mais ou menos informações falsas pra frente, seja pelo WhatsApp, seja pelas redes sociais como um todo?
O debate sobre a circulação de desinformação, as chamadas "fake news", segue cada dia mais urgente. E especialistas apontam: sem uma legislação democrática e, ao mesmo tempo, rígida, e sem questionar o modelo de negócios das plataformas, que lucram com a circulação das mentiras, o problema deve se agravar.
Inglaterra, 5 meses atrás: um ataque a uma escola infantil, 3 crianças mortas, desencadeou uma onda de desinformação e violência. Muçulmanos acusados, imigrantes e policiais agredidos. Brasil: dois meses atrás. A Justiça do Pará obrigou uma médica a apagar posts dizendo que o câncer de mama não existiria, desaconselhando mulheres a fazer mamografia. Guarujá, 2014: boatos no Facebook acusavam Fabiane Maria de Jesus de sequestrar crianças para rituais. A caminho da igreja, ela foi espancada até a morte.
Também há notícias falsas que parecem mais sutis, mas com efeitos igualmente danosos. Ouvindo boatos de que ficaria mais saudável se parasse totalmente de consumir sal, dando preferência sempre à água, o pai do servidor público Kley Guerreiro, ou mal e morreu.
E durante a pandemia da Covid-19? Mentiras sobre o uso de máscaras, que remédios para malária iam curar a Covid e que a vacina era um plano de dominação chinesa. Resultado: 714 mil mortos, 10% do total registrado pela Organização Mundial de Saúde, sendo que o Brasil tem menos de 3% da população do planeta.
Com a inteligência artificial, veio a sofisticação. É o caso desse vídeo falso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que contribuiu para a mentira de que uma norma da Receita Federal iria taxar transações por Pix.
E a situação deve se agravar: a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, acabou com seus programas de checagem.
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