Um delegado da Polícia Civil foi alvo, hoje (4), de um mandado de busca em uma investigação que apura um esquema de corrupção citado pelo delator do PCC Vinícius Gritzbach. Ele foi assassinado a tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro do ano ado.
De acordo com as investigações, o delegado recebia pagamentos periódicos de outro policial civil, um investigador que foi preso em dezembro pela Polícia Federal. Esse investigador foi um dos nomes citados por Vinícius Gritzbach em sua delação premiada por envolvimento com o crime organizado.
Ainda segundo as investigações, o dinheiro recebido pelo delegado era proveniente de corrupção policial e favorecia uma organização criminosa. A Secretaria de Segurança Pública informou que o delegado será afastado do cargo.
Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em um presídio da Polícia Civil localizado na Zona Norte de São Paulo. No local, dois policiais civis que também foram delatados por Gritzbach seguem presos por colaborarem com o crime organizado. Durante as buscas, foram apreendidos 23 celulares, mais de R$ 20 mil em dinheiro, fones de ouvido e relógios inteligentes. Segundo as autoridades, os detentos usavam os celulares para tentar obstruir as investigações, pressionando um réu a omitir informações em seu depoimento à justiça. A Corregedoria da Polícia Civil anunciou que abrirá uma investigação para apurar a conduta dos funcionários do presídio.
Até o momento, 26 pessoas foram presas no âmbito da investigação do assassinato de Vinícius Gritzbach, incluindo cinco policiais civis, 17 policiais militares e quatro pessoas acusadas de envolvimento com o olheiro que teria atuado no dia do crime no Aeroporto de Guarulhos.
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