Hoje (25), em São Paulo, mais um policial civil foi preso em uma investigação que começou com a delação de Vinícius Gritzbach, assassinado em novembro do ano ado. O agente gerenciava um banco digital que lavava dinheiro para o PCC.
A operação de hoje, realizada em conjunto pela Polícia Federal e o Ministério Público, mirou duas fintechs — bancos digitais que pertencem ao PCC e são utilizados para lavar dinheiro do crime organizado. O policial civil preso se apresentava como CEO de um desses bancos.
Na prática, esses bancos recebiam dinheiro por meio de contas de laranjas, por transferências bancárias comuns, pagamento de boletos de cartão de crédito ou depósitos. Esse dinheiro, então, era transferido para contas ligadas a traficantes. Os pagamentos realizados eram milionários, o que revela uma sofisticação na forma de lavagem de dinheiro.
Segundo os promotores do Ministério Público, o crime organizado agora consegue lavar dinheiro por meio de seus próprios bancos, sem a necessidade de intermediários. Isso significa que o crime organizado está operando dentro do sistema financeiro formal.
Em relação ao impacto das fintechs, o Brasil hoje conta com mais de 1,5 mil fintechs, representando cerca de 58% de todas as fintechs da América Latina. Embora não se possa afirmar que todas essas instituições estejam a serviço do crime organizado, já foi detectado que algumas delas, de fato, estão envolvidas nesse tipo de atividade ilícita.
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