Os afastamentos de empregados por questões de saúde mental dobraram nos últimos dez anos no Brasil. Em 2024, foram registrados 440 mil atestados por motivos como estresse, ansiedade e sobrecarga de trabalho, comparados a pouco mais de 200 mil em 2014. A ansiedade foi a principal razão para os afastamentos no ano ado, com 141 mil casos, seguida por depressão, transtorno depressivo recorrente, transtorno afetivo bipolar, uso de drogas e outras substâncias psicoativas, além de estresse grave.
A investigação dos fatores que levam a esses afastamentos revela que muitos estão relacionados a conflitos interpessoais não resolvidos e a um controle do trabalho que prioriza a quantidade de horas ou o volume de atividades realizadas, em vez da qualidade. A crise da pandemia de covid-19 expôs ainda mais a fragilidade da saúde mental na sociedade, que enfrenta um contexto de mudanças profundas nas interações sociais e na digitalização da vida.
Algumas profissões, como controladores de voo, profissionais da segurança pública, atendimento, professores e trabalhadores da saúde, estão mais suscetíveis a situações estressantes.
A partir de maio deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) implementará uma nova fiscalização nas empresas, com o objetivo de avaliar os riscos psicossociais, incluindo estresse, assédio e carga mental excessiva. Além das ações de fiscalização, o ministério enfatiza a importância de ações educativas e informativas que esclareçam os trabalhadores sobre os riscos e fatores que contribuem para o adoecimento psicoemocional. Essa abordagem visa não apenas identificar problemas, mas também promover um ambiente de trabalho mais saudável e consciente.
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