Equipes de resgate continuam a procurar por sobreviventes em Mianmar e na Tailândia após o forte terremoto que atingiu a região na sexta-feira (28). O desastre resultou na morte de mais de duas mil pessoas, a maioria em Mianmar. Segundo a ONU, cerca de 20 milhões de pessoas, um terço da população de Mianmar, foram afetadas de diferentes formas. A mídia estatal local informou que quase quatro mil pessoas ficaram feridas e 270 continuam desaparecidas.
Moradores de Mandalay, cidade localizada no centro-norte do país e epicentro do terremoto de magnitude 7.7, foram forçados a acampar nas ruas devido ao alto número de tremores secundários. Países vizinhos, como China, Índia e Tailândia, enviaram materiais de socorro e equipes de resgate, juntamente com Malásia, Singapura e Rússia. Os Estados Unidos prometeram US$ 2 milhões em ajuda, incluindo apoio por meio da USAID, que enfrenta grandes cortes financeiros sob o governo de Donald Trump.
A situação em Mianmar é ainda mais complicada devido a quatro anos de conflito armado, que começou após a repressão violenta do governo militar a protestos contra o golpe de Estado que derrubou Aung San Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. O brasileiro Diogo Alcântara, porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), enviou um relato à TV Brasil, destacando que a situação em Mianmar se deteriorou consideravelmente após o terremoto. Ele mencionou que o epicentro do terremoto foi na região mais afetada pelo conflito, onde vivem cerca de 3,5 milhões de deslocados internos.
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