O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) teve uma deflação de 0,34% em março, com a queda nos preços do arroz e da carne bovina no cenário internacional sendo os principais fatores para essa redução.
O IGP-M, que é medido pela Fundação Getúlio Vargas e frequentemente utilizado para reajustes de aluguéis, também considera a variação de diversos produtos, incluindo alimentos. Em março, observou-se uma queda significativa nos preços: o arroz em casca teve uma redução de mais de 9%, enquanto a carne bovina, que é a carne já industrializada, caiu cerca de 5,5%. A carne bovina no atacado também registrou uma queda de quase 5%.
Economistas analisam essa deflação como um termômetro que pode indicar que esses preços mais baixos devem ser reados aos consumidores nas prateleiras dos mercados. A carne bovina, em particular, tem um peso importante na inflação e não sofria uma queda desde agosto.
Além disso, a inflação oficial, medida pelo IBGE através do IPCA, também apresentou uma prévia que aponta uma redução de 0,77% no preço da carne bovina, incluindo cortes como filé mignon e alcatra.
Outra consequência da queda nos preços das carnes pode ser a diminuição da pressão sobre o preço dos ovos, já que, quando os preços das carnes estão altos, os consumidores tendem a recorrer aos ovos como alternativa. Assim, segundo os economistas, é possível que o reflexo do IGP-M também impacte a inflação oficial e os preços ao consumidor.
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