O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já estuda a possibilidade de usar a biometria para evitar que pessoas inocentes possam ser prejudicadas quando têm nomes parecidos com o de foragidos.
Em dois casos idênticos no Rio de Janeiro, uma mulher e um homem ficaram presos cada um por três dias depois de serem confundidos com outras pessoas que tinham mandados de prisão abertos em Minas Gerais e na Bahia.
Os episódios chamam a atenção para a fragilidade dos sistemas de identificação da polícia e da justiça.
Débora tinha ido à delegacia para denunciar o marido por agressão e pedir medidas protetivas, mas foi confundida com uma foragida da Justiça de Minas Gerais, acusada de tráfico de drogas.
O que as duas têm em comum é um nome parecido, mas a verdadeira foragida é oito anos mais nova. Mesmo assim, a Débora de Petrópolis ficou presa injustamente por três dias até o Tribunal de Justiça de Minas Gerais reconhecer o erro. A defesa de Débora vai buscar a reparação do Estado.
Em um caso parecido na mesma semana, Alex, um merendeiro que mora no complexo do Lins, no Rio, foi confundido com um foragido da Justiça da Bahia. O que eles têm em comum são os mesmos nomes e sobrenomes, mas em ordens diferentes.
O carioca foi levado durante uma abordagem da Polícia Militar e também ficou preso por três dias. Nos dois casos em questão, o que chama a atenção é o fato de as duas vítimas do erro da Justiça, Débora e Alex, serem pessoas negras.
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