O governo do Peru declarou luto nacional hoje (14) em homenagem ao escritor Mario Vargas Llosa, que faleceu ontem (13), aos 89 anos, cercado pela família na capital, Lima. O funeral deve ocorrer nos próximos dias. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2010 e imortal da Academia sa, Vargas Llosa recebeu homenagens ao longo do dia.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o definiu como um gênio da literatura, enquanto o chefe de estado chileno, Gabriel Boric, saudou o autor como um gigante que descreveu a América Latina com uma pena que dilacera realidades em uma ficção delicada e provocativa. Em uma rede social, a Academia Sueca, responsável pela concessão do Prêmio Nobel, destacou a importância do escritor na literatura e cultura latino-americanas, mencionando seu profundo amor pela narrativa, com uma linguagem rica e variedade de gêneros.
A obra de Mario Vargas Llosa inclui mais de 30 romances, contos, ensaios e peças de teatro, traduzida para vários idiomas e influenciando gerações de escritores e leitores. Por meio da literatura, o autor propôs percorrer um horizonte mais vasto da experiência humana e é conhecido como um dos maiores expoentes do chamado "boom" latino-americano.
Vargas Llosa se dividiu entre pensador político e romancista, com a política sendo um tema sempre presente em suas obras. O autor chegou a concorrer à presidência do Peru em 1990 contra Alberto Fujimori. Após a derrota, mudou-se para Madrid, na Espanha, onde continuou a escrever. Seus títulos mais icônicos incluem "A Cidade e os Cachorros", "Conversação no Catedral" e "Travessuras da Menina Má". Em "A Guerra do Fim do Mundo", o autor peruano se inspirou na obra "Os Sertões", do escritor brasileiro Euclides da Cunha.
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