Com a cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural, está sendo reinaugurado nesta terça-feira (20) um dos marcos históricos do Rio de Janeiro: o Palácio Gustavo Capanema. A cerimônia de reabertura contou com a participação, entre outras autoridades, do presidente Lula e da ministra da Cultura, Margareth Menezes.
A reforma só foi possível graças às verbas de 84 milhões de reais do PAC e do governo federal.
A Ordem do Mérito Cultural foi entregue a 112 pessoas e 14 instituições. Entre os agraciados, nomes consagrados da nossa cultura, como Alceu Valença, Fernanda Torres, Tia Surica, Xuxa, Milton Nascimento, Janja Lula da Silva, Ney Matogrosso e Camila Pitanga.
O novo Gustavo Capanema estará aberto à visitação, para que todo brasileiro possa conferir de perto a beleza dessa joia da nossa arquitetura.
Conheça a história do palácio 4v1941
O palácio representa um período da história em que o Brasil se modernizava e buscava sua identidade. O projeto teve a participação de alguns dos maiores arquitetos, urbanistas, paisagistas e artistas do século ado.
As obras de construção do palácio começaram em 1937, no início da ditadura do Estado Novo, de Getúlio Vargas. Entre os autores do projeto, nomes renomados como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, além de Eduardo Reidy, Ernâni Vasconcelos e Jorge Machado Moreira — todos influenciados pelos conceitos do arquiteto e urbanista suíço Le Corbusier, um dos mais importantes do século 20.
O projeto adotou um modelo artístico que surgiu no começo do século ado: o funcionalismo. O edifício, de 16 andares, foi construído a nove metros de altura, sobre um plano apoiado em colunas no formato de pilotis. O terreno ocupa um quarteirão inteiro no centro do Rio de Janeiro. E o vão livre sob a construção tornou-se uma praça pública, que permite livre circulação às pessoas. O quebra-sol na fachada, para diminuir a incidência solar, foi um dos primeiros no mundo. Os jardins foram criados por Burle Marx e possuem esculturas de Bruno Giorgi. No interior, há obras de pintores como Guignard, Pancetti e um de Cândido Portinari.
Construído para abrigar a sede do antigo Ministério da Educação e Saúde, o prédio também serviria para impulsionar o governo nas modernizações pelas quais o Estado brasileiro precisava ar, para se adequar às transformações internacionais da época.
Para o grupo de intelectuais e artistas à frente do projeto, o ministério que ali funcionaria atenderia aos esforços de um novo projeto cultural para o desenvolvimento da nação.
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