O presidente do Corinthians, Augusto Melo, foi indiciado por três crimes no caso que envolve a empresa de apostas "Vai de Bet". Em uma entrevista coletiva concedida hoje, o dirigente se disse indignado com o relatório do inquérito policial.
A situação é inédita no futebol brasileiro: um presidente de um dos principais clubes do país, no exercício do mandato, é alvo de uma investigação da Polícia Civil. Além de Augusto Melo, também foram indiciados os ex-dirigentes Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e Marcelo Mariano, ex-diretor istrativo do clube. Outro personagem importante no inquérito é Alex Cassundé, dono da empresa que intermediou o contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas no início do ano ado.
Cassundé também participou da campanha eleitoral de Augusto Melo em 2023, que resultou na eleição do atual presidente. Segundo delação do empresário Vinícius Gringsbach — morto no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo —, a empresa que recebeu os valores do patrocínio estaria ligada ao PCC, atuando como braço financeiro da organização criminosa no futebol.
Os envolvidos estão sendo investigados por furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O advogado de Augusto Melo, Ricardo Cury, afirmou que o presidente não irá renunciar ao cargo. A grande expectativa agora gira em torno da próxima segunda-feira, quando o Conselho Deliberativo do clube deve votar um pedido de impeachment. Caso o afastamento seja aprovado, a denúncia será encaminhada ao Ministério Público.
O caso ainda deve se desenrolar por um bom tempo e promete agitar os bastidores do clube paulista.
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