A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu também a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli depois que ela deixou o país. Ela está na Itália e afirmou que pretende manter a militância contra o Judiciário brasileiro.
A parlamentar disse, nesta terça-feira (3), que está fora do Brasil há alguns dias. Disse que saiu, a princípio, para um tratamento médico e que pedirá afastamento do cargo, sem vencimentos. Isso foi dito por Zambelli pela manhã, numa entrevista a um canal do YouTube.
A deputada federal foi embora para a Europa há cerca de duas semanas, depois de ser condenada a 10 anos de prisão. Ela disse que escolheu a Europa por ter cidadania italiana e que isso asseguraria que ela não fosse mandada de volta para o Brasil.
Carla Zambelli foi condenada por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça, com ajuda do hacker Walter Delgatti, e por falsidade ideológica. Ela também foi condenada à perda do mandato parlamentar e, com a sentença mantida, terá de pagar R$ 2 milhões em danos morais coletivos. O processo segue em fase de recurso.
Zambelli responde, ainda, a um outro processo criminal no STF por ter sacado uma arma de fogo e perseguido o jornalista Luan Araújo, em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
Depois da informação de que ela está fora do país, o advogado da parlamentar deixou a defesa por motivo de foro íntimo.
O deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, protocolou uma representação à PGR pedindo o início dos procedimentos de extradição de Zambelli, o bloqueio dos valores pertencentes a ela e a revogação do aporte diplomático.
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