Neste Samba na Gamboa, Diogo Nogueira recebe os músicos do Casuarina, grupo que começou com uma aventura artística de jovens de 20 anos numa rua da Zona Sul do Rio e que se tornou um dos expoentes da nova geração do samba.
Confira trecho deste episódio aqui
Integrantes de um time de músicos que despontou nas rodas de samba da Lapa, o Casuarina criou um irresistível estilo de flertar com o ado, dando nova roupagem a clássicos da MPB, enquanto aposta também em novos compositores e em inéditas. No recente disco “+100”, os artistas emocionaram e foram elogiados pela requintada pesquisa musical, apuro na qualidade das composições e pelas acertadas participações de artistas como Martinho da Vila e Criolo. A Diogo Nogueira, eles apresentam o celebrado repertório do grupo, com canções como “Tempo bom”, “Falangeiro de Ogum”, “Embira”, “Herança de partideiro” e clássicos como “Foi um rio que ou em minha vida”.
Nesse episódio, os músicos relembram com saudade a época em que eram jovens de 20 anos, estudantes de música e se encontravam despretensiosamente para tocar, nos idos de 2001. Dali para os shows na Lapa, foi um o. O que não esperavam foi a repercussão no Brasil e no exterior. Eles bebem no repertório de grandes nomes da música popular brasileira. Com apuro, recriam versões que caíram no gosto das novas gerações. O trabalho do Casuarina contribuiu para a revitalização da Lapa. Uma geração de músicos capaz de reverenciar o antigo sem deixar de apontar a bússola para os novos caminhos do samba. No exterior, o trabalho surpreende. Após várias turnês, já se acostumaram à reação do público estrangeiro, acostumado a uma versão mais estereotipada do músico e a uma roupagem mais “carnavalizada” do samba.
Durante todos esses anos de jornada (em 2013, lançaram o DVD de dez anos do grupo, gravado na Lapa), os músicos se aperfeiçoaram e se tornaram expoentes da qualidade musical da nova safra do samba. Ganharam respeito no cenário musical carioca e são capazes de reunir no mesmo palco, dos veteranos como Áurea Martins a jovens que viveram a revitalização do bairro boêmio, como Pedro Miranda.
Acostumados a promover grandes encontros, como os realizados na Fundição Progresso, em sua roda que durou três anos, o Casuarina é célebre pela mistura de canções autorais, garimpo de antigas canções e clássicos revisitados pelos músicos. O “MTV apresenta: Casuarina”, de 2009, ganhou DVD de ouro por mais de 25 mil cópias vendidas, e elegeu como melhor grupo de samba do Brasil. A produção teve a mesma mistura de gerações e estilos que encanta: de Roberto Silva a Wilson Moreira, Moska e Frejat.
No novo disco “+ 100”, tiveram a ousadia de mirar o futuro: atuam como intérpretes e foram peneirar os novos compositores do gênero sem abrir mão de veteranos que marcam a história do samba, como Roque Ferreira. São 12 canções inéditas, um panorama alentado da nova produção. "+100" é a promessa dos músicos de longevidade e muita vitalidade para o samba.
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