O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a criação de tarifas recíprocas aos países que cobram taxas dos produtos americanos e citou o etanol brasileiro como exemplo. Os memorandos assinados ontem não determinam uma tarifa específica para países específicos, mas dão uma orientação geral de reciprocidade aos países que, segundo Trump, impõem dificuldades ao comércio com os Estados Unidos.
Entre os exemplos para a política de tarifas recíprocas, o governo americano citou o etanol brasileiro. Segundo o documento, “a tarifa dos Estados Unidos sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos Estados Unidos. Como resultado, no ano ado, os Estados Unidos importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil”, explica o memorando.
Ainda durante o anúncio feito ontem, Trump afirmou que os países do BRICS – grupo de coordenação econômica formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – podem sofrer uma taxa de, no mínimo, 100% se quiserem "brincar com o dólar". Trump já havia feito uma ameaça semelhante no ano ado, após o bloco sinalizar que discutia a possibilidade de substituir o dólar norte-americano por outra moeda em suas transações.
O presidente americano informou ainda que tarifas sobre carros estão a caminho e também mencionou tarifas sobre produtos farmacêuticos. Ele citou o caso da União Europeia, que, segundo ele, impõe uma tarifa de 10% sobre carros importados, enquanto os Estados Unidos cobram apenas 2,5%. Na segunda-feira (10), Trump já havia assinado um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 12 de março. Já as tarifas anunciadas ontem não entram em vigor imediatamente, pois a equipe de comércio de Trump ainda estuda as relações bilaterais dos Estados Unidos.
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