O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (19/12), mais dados sobre o Censo de 2022. Desta vez sobre os indígenas. O estudo constatou que metade dessa população, de mais de um milhão de pessoas, vivia em áreas urbanas.
De acordo com os dados, em 2022 o Brasil tinha 1.694.836 indígenas. Eles viviam em 4.833 municípios, onde foram identificadas 8.568 localidades indígenas, além de outros 2.689 locais de concentração dessa população. A região Norte concentra o maior número de localidades indígenas, somando 5.158. Depois vêm o Nordeste, com 1.764; o Centro-Oeste, com 1.101; o Sul, com 308; e o Sudeste, com 236.
O estado do Amazonas possuía o maior número de localidades, com 2.570. Em segundo lugar estava o Mato Grosso, com 924, seguido do Pará, com 869, e do Maranhão, com 750.
Quase 54% da população indígena morava em áreas urbanas, enquanto pouco mais de 46% viviam em áreas rurais. O Sudeste concentrava o maior percentual de população indígena em situação urbana, com 77,25%. O Norte tinha metade da sua população indígena nas cidades e outra metade no meio rural. Já o Centro-Oeste apresentava o menor percentual em área urbana, com 37,95%.
Goiás, Rio de Janeiro, e Distrito Federal tinham os maiores percentuais de indígenas vivendo em cidades, enquanto Mato Grosso, Maranhão e Tocantins concentravam as maiores proporções na área rural. Já o Amazonas é o estado com maior número de localidades urbanas e rurais.
Na edução, o Censo mostra que o analfabetismo na população indígena teve reduções significativas, com uma queda de 15,5% no geral, e de 20,8% entre os que residiam em terras indígenas. Apesar da redução, essas taxas ainda estão bem acima da média da população do país, que é de 7%.
Sobre a saúde, a proporção de indígenas em áreas urbanas residindo em domicílios com precariedade no esgotamento sanitário é de 40,76%, mais de duas vezes a proporção desta precariedade para a população urbana do país, que é de 16,95%.
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