O Supremo Tribunal Federal (STF) julga, a partir desta terça-feira (6/5), se aceita as denúncias contra mais sete acusados de fazerem parte do grupo que tentou um golpe de estado no país após as eleições de 2022. O julgamento será feito pela Primeira Turma do STF. Estão previstas até três sessões, sendo uma às 9h30, outra às 14h e, se necessário, uma outra na quarta-feira (7/5).
Será julgado o chamado Núcleo 4, que reúne pessoas envolvidas na propagação de notícias falsas em ataques virtuais contra instituições e autoridades. O grupo é formado por sete pessoas, a maioria militares do exército. Eles também seriam responsáveis por insuflar outros militares a aderir à tentativa de golpe, e também por motivar os acampamentos antidemocráticos em frente aos quartéis.
Quem são os denunciados 3186o
Entre os integrantes do Núcleo 4 estão Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército. Ambos faziam parte de uma estrutura paralela dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Já Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército, tinha o papel de distorcer as informações e propagar ataques virtuais em larga escala, inclusive contra o sistema eleitoral. Outro objetivo era manter mobilizados os acampamentos em frente aos quartéis. Também está nesse núcleo Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército, que segundo a PGR atuou para propagar notícias falsas contra as urnas eletrônicas. Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal, e Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército, também são acusados de terem supostamente participado da elaboração de um laudo falso contra as urnas. E por fim, Ailton Gonçalves Moraes Barros, também maior da reserva do Exército, acusado de insuflar outros militares a aderir à tentativa de golpe.
A Primeira Turma vai decidir se aceita ou não a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR). Se for aceita, os integrantes do núcleo se tornam réus e am a responder uma ação penal. Todos são acusados pelos crimes de tentativa de golpe de estado, associação criminosa, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e abolição violenta do estado democrático de direito.
Até o momento, nesse inquérito, a Primeira Turma já tornou réus 14 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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