No Rio de Janeiro, a lavagem do monumento de Zumbi dos Palmares, realizada tradicionalmente em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, agora é patrimônio cultural.
Todo 20 de novembro, a estátua de Zumbi no centro do Rio reúne diversas pessoas engajadas com a valorização da cultura, da memória e da identidade negra. A lavagem, que acontece há mais de 30 anos, é também um dos marcos da luta contra o conceito racial.
Zumbi foi líder do quilombo dos Palmares na segunda metade do século 17, uma comunidade de ex-escravizados na Serra da Barriga, onde hoje fica o estado de Alagoas. Zumbi lutou pela vida de um povo e pela liberdade cultural e religiosa.
Traído por um amigo, ele morreu no dia 20 de novembro de 1695, em uma emboscada de bandeirantes. A importância dessa história e do ritual de lavagem realizado mais de 300 anos depois da morte de Zumbi, foi reconhecida e protegida por lei como patrimônio cultural, social e turístico de interesse municipal no Rio de Janeiro.
A cerimônia de lavagem do monumento inclui diversas apresentações artistas que exaltam a ancestralidade das raízes afro-brasileiras. O grupo Afoxé Filhos de Gandhi, por exemplo, é presença certa a cada celebração da consciência negra.
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