O Rio de Janeiro entrou, nesta sexta-feira (31), no nível três de calor, adotado quando as temperaturas estão acima dos 36 °C. Esse calor intenso preocupa particularmente os moradores da capital fluminense, que têm enfrentado temperaturas de quase 40 °C, com sensação térmica de mais de 50 °C.
Mas, com as mudanças climáticas, as altas temperaturas se tornam mais um marcador das desigualdades econômicas e sociais. Enquanto alguns podem desfrutar do conforto térmico de um ambiente climatizado, outros grupos ficam ainda mais vulneráveis. As pessoas em situação de rua estão entre os grupos mais afetados pelo calor extremo, pois não têm o a atendimento médico ou a um lugar adequado para se abrigar.
Na semana ada, um homem que vivia em situação de rua foi encontrado morto em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. A autópsia revelou que o óbito foi causado pelo excesso de calor. A vulnerabilidade ao calor extremo é ainda maior quando existem quadros de hipertensão, diabetes ou insuficiência cardíaca.
O Laboratório de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua da UFMG revelou que quase 328 mil pessoas viviam nessa condição até o fim do ano ado no Brasil, um aumento de 25% em relação ao levantamento anterior. Comparado a dezembro de 2023, 63% desse grupo está na região Sudeste, e 14% no Nordeste. São Paulo é o estado que concentra 43% da população em situação de rua, seguido pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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