A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu uma nova investigação sobre o caso da empresa que revendia carne estragada vinda de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Além da mercadoria encontrada embaixo de água de enchente, a suspeita agora é que os criminosos revendiam carnes de caminhões acidentados em estradas.
O responsável pela Delegacia de Defesa do Consumidor do Rio explicou que, no curso da investigação, a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que o grupo também comercializava produtos provenientes de acidentes rodoviários.
“Essa é uma nova investigação que está começando aqui, inclusive com o envolvimento até de empresas que trabalham para seguradoras. Estamos identificando as pessoas. É uma quadrilha muito grande, que atua já há muito tempo”, explicou o delegado Wellington Vieira.
A empresa, que tinha sede em Três Rios, no Rio de Janeiro, comprou 800 toneladas de carne estragada de um frigorífico que foi atingido pelas enchentes do ano ado. Até agora, apenas 15 dessas 800 toneladas foram encontradas, nas cidades de Contagem, em Minas Gerais, e em Três Rios. Como a carne foi maquiada, pode ser difícil para o consumidor perceber que está comprando um alimento impróprio. Por isso, a polícia pede que os empresários que compraram as mercadorias se identifiquem.
“Qualquer empresário que comprou essa carne e foi enganado pode fazer a denúncia para nós, aqui da Delegacia do Consumidor do Rio de Janeiro”, reforçou o delegado.
Nesta quinta-feira, a Polícia Civil realizou outra operação em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio, e retirou duas toneladas de carne imprópria para consumo de um mercado. Além dos produtos estragados, os agentes encontraram muita sujeira e armazenamento inadequado. O local foi interditado, e dois gerentes do supermercado fugiram com a chegada da polícia.
A investigação não encontrou relação desse caso com as carnes provenientes do Rio Grande do Sul.
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