Hoje, na série Abram Alas: Mulheres no Carnaval, vamos falar das cantoras que enfrentam o machismo e soltam a voz na Sapucaí. As intérpretes dividem espaço com os homens em muitas escolas e respondem ao preconceito esbanjando força e talento.
É assim que Carolina Abreu levanta as arquibancadas no início dos desfiles. A menina que gostava de cantar em karaokês hoje é intérprete de samba-enredo.
Carol se formou em pedagogia e marketing, mas foi na música que encontrou sua verdadeira paixão. Sua trajetória como intérprete de samba-enredo começou há 15, na Unidos de Cosmos, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, atualmente na Série Bronze. A inspiração veio de uma cantora e compositora que fez história no Carnaval paulistano.
O momento mais marcante de sua carreira foi em 2019, quando foi convidada para ser intérprete oficial da Unidos da Vila Santa Tereza, na Zona Norte. A escola, que hoje faz parte da Série Prata – espécie de terceira divisão do Carnaval do Rio –, contou com Carol nesse posto por cinco anos.
Cantar na Marquês de Sapucaí é o sonho de todo sambista, e Carol já teve essa experiência algumas vezes. Este ano, ela virá como intérprete de apoio da Tradição. A escola, que venceu a Série Prata no ano ado, agora retorna à Sapucaí, palco das maiores escolas de samba do Rio de Janeiro.
O convite partiu do intérprete oficial, Tuninho Júnior, de quem é amiga.
Neste Carnaval, Carol desfila como intérprete de apoio em sete escolas. Sua rotina inclui ensaios de rua quase todas as noites. Conquistar esse espaço em um ambiente ainda dominado por homens é uma vitória a ser celebrada.
Se depender do talento e da garra da carioca, a Tradição já ganhou nota dez nesse quesito.
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