Quanto mais denúncias forem feitas, maiores são as chances de que políticas públicas sejam formuladas para proteger mulheres e evitar que elas sejam vítimas de feminicídio.
Há sete anos, Michele se mudou com os filhos para a cidade de Caruaru, no agreste pernambucano. Ela fugiu de Recife com medo do ex-companheiro, pois já sofria violência doméstica há três anos.
Michele foi acolhida por políticas públicas municipais, encontrou apoio na Secretaria da Mulher, participou de cursos gratuitos, tornou-se artesã, conseguiu um emprego e conquistou a tão sonhada casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje, aos 43 anos, ela sorri, pois leva uma vida tranquila.
Michele conseguiu sair das estatísticas de crimes cometidos contra as mulheres, como o feminicídio – crime de ódio cometido em razão de gênero, quando a vítima é morta por ser mulher, geralmente relacionado à violência doméstica e familiar.
Em Caruaru, foi criado o Núcleo Integrado dos Oficiais de Justiça, uma iniciativa que une a Secretaria da Mulher do município, o governo do estado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco e as polícias Militar e Civil. O objetivo é oferecer acompanhamento integral às mulheres vítimas de violência e agilizar o cumprimento dos mandados judiciais.
Dados da Delegacia da Mulher de Caruaru apontam que todas as vítimas de feminicídio na cidade nunca chegaram a registrar uma queixa contra seus agressores.
As denúncias de violência doméstica e familiar podem ser feitas pelo telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou pelo 190 (Polícia Militar). Os serviços são gratuitos e funcionam 24 horas por dia.
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