O presidente da Liga das Escolas de Samba, Gabriel David, disse, neste fim de semana, que a Unidos de Padre Miguel, que foi rebaixada, sofreu um julgamento injusto e foi vítima de racismo religioso. Segundo ele, a agremiação foi mal julgada e que sofreu preconceito por parte da jurada Ana Paula Alves Fernandes. Ela puniu o samba-enredo da escola por ter trechos de difícil entendimento devido ao excesso de termos em iorubá, uma das línguas africanas mais conhecidas no Brasil.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também criticou a punição. Em uma rede social ela afirmou que o iorubá é uma das línguas que formam a nossa cultura, está na raiz do samba, nas religiões de matriz africana e na história do Brasil. Ainda disse que o fato não seria apenas um erro de julgamento, mas sim um desrespeito à nossa ancestralidade.
A Unidos de Padre Miguel entrou com recurso junto à Liga das Escolas de Samba. O presidente da liga informou que Ana Paula não será jurada novamente e que o caso será resolvido em uma reunião com a presença de todas as escolas de samba do Grupo Especial. O prazo para a realização desse encontro é de até 15 dias.
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