O IBGE divulgou um retrato da religiosidade dos brasileiros. Os católicos continuam sendo a maioria, mais da metade da população, mas foram os que mais diminuíram de tamanho e chegaram à menor parcela já registrada pelo Censo.
Já os evangélicos foram os que mais cresceram e agora representam mais de um quarto da população: quase 27%, de acordo com o Censo de 2022.
Fazem parte desse grupo desde grandes denominações, como a Assembleia de Deus e a Convenção Batista, e também de milhares de pequenos templos espalhados pelo país. O segmento é o que mais tem crescido nos últimos anos. Em 1970, eram apenas 5 % dos brasileiros.
Segundo o IBGE, o terceiro maior grupo é o dos que não têm religião: quase 10%. Depois, vem os de outras religiosidades, os espíritas, os de matriz africana e, por último, os de tradições indígenas.
Na comparação com o Censo de 2010, os evangélicos apresentaram o maior crescimento de seguidores. Também subiram de tamanho os sem religião, os de outras religiosidades e os da Umbanda e Candomblé. A igreja católica teve a maior redução de fiéis. Os espíritas também diminuíram de proporção.
O catolicismo é maioria em todas as regiões, com destaque para o Nordeste e o Sul. Os estados mais católicos são o Piauí, com mais de 77% dos moradores. A cidade com mais de 100 mil habitantes mais católica do Brasil é Crato (CE), terra de Padre Cícero.
A região mais evangélica é o Norte, com destaque para os estados do Acre, Rondônia e Amazonas. O Rio de Janeiro é o segundo estado do país com a menor proporção de católicos, menos de 40% dos moradores. Só perde para Roraima. Os evangélicos são quase um terço dos residentes, mais que a média nacional. Os sem religião também são bem representativos, quase 17% das pessoas.
O catolicismo é maioria entre todas as raças, mas é ainda mais forte na população branca, onde seis em cada dez são católicos. Quase metade dos evangélicos se declara pardo e 12% pretos.
As religiões em que as pessoas têm escolaridade mais alta são os espíritas e os de religiões afro-brasileiras.
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