Neste De lá pra cá, Ancelmo Gois e Vera Barroso relembram um dos maiores fotógrafos brasileiros de todos os tempos: Marc Ferrez. E para falar da obra dele, entrevistam oescritor, fotógrafo e pesquisador Pedro Vasquez, a historiadora do Museu Imperial, Maria Inez Turazzi, o coordenador de Fotografia do Instituto Moreira Salles, Sergio Burgi, e o professor PUC-Rio e pesquisador da Bliblioteca Nacional, Joaquim Marçal.
Marc Ferrez retratou a paisagem do país e o cotidiano da vida urbana entre o segundo Reinado e o inicio da República, principalmente da cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. As fotos que fez do Rio são um importante documento histórico de um país que na segunda metade do século XIX deixava para trás os traços de colônia para começar a se modernizar.
O fotógrafo representou o Brasil em diversas exposições internacionais e pôde mostrar no exterior as transformações pelas quais ávamos. Ele também trouxe diversas inovações tecnológicas, entre elas, as primeiras chapas secas de fotografia, inventadas pelos irmãos Lumière. Foi ainda o primeiro fotógrafo brasileiro a utilizar o flash de magnésio. E também produziu as maiores chapas coloridas panorâmicas do mundo, retratando paisagens brasileiras, em 1881.
Apesar do trabalho de Marc Ferrez registrar mais o paisagismo, ele foi também um importante retratista, incluindo-se aí, fotos da família imperial brasileira. Também teve interesse pelo cinema, em 1907, abriu uma das primeiras salas de projeções no Rio de Janeiro, o cinema Pathé.
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