Autora de livros como Memorial de Maria Moura, adaptado para TV, peças de teatro e crônicas, a escritora Rachel de Queiróz foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Sua biografia e sua literatura de estilo regionalista, marcada pela enorme preocupação social e política, são lembradas nesta quinta-feira (10) pelo programa De Lá pra Cá. Na edição, Vera Barroso e Ancelmo Gois entrevistam o biógrafo José Lira, o acadêmico Domício Proença Filho, o cineasta Jurandir de Oliveira e a doutora em Literatura brasileira e organizadora de livros que reúnem as melhores crônicas publicadas de Rachel, Heloísa Buarque de Hollanda.
Rachel de Queiróz nasceu no Ceará e começou a escrever aos 19 anos. Ela fez parte de um grupo que ficou conhecido como os autores da geração de 1930, uma escola que deu continuidade ao Modernismo de 1922. Além dos romances, Rachel escreveu crônicas para a revista Cruzeiro, livros infantis e peças de teatro. E chegou a ser convidada pelo presidente Jânio Quadros para o cargo de ministra da Educação, mas recusou. Sua obra, especialmente a literatura regional, influenciou as gerações posteriores de escritores brasileiros como Osman Lins, Ariano Suassuna, João Ubaldo entre outros. Ela faleceu em 2003, aos 93 anos, no Rio de Janeiro.
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