Digite sua busca e aperte enter 20521v

Compartilhar:

João Carlos Martins: Tudo conspirou para que eu não tocasse mais piano 4e3s53

Conheça a história de superação do pianista e maestro brasileiro 173e

Impressões 3z5x61

No AR em 19/07/2020 - 22:30 3ud68
5j5qe

João, o maestro: este é o título do filme que conta a história de João Carlos Martins. Mas, como ele mesmo afirma com bastante humor: “[o nome do filme] deveria ser: O sobrevivente”. Sua carreira começou aos 8 anos de idade. Logo cedo, Martins desenvolvia músicas ao piano que não deixavam qualquer brecha para ponderações.

O perfeccionismo desencadeou o primeiro grande desafio: uma doença conhecida como distonia focal, típica dos que buscam ultraar os limites da capacidade. Não foi o suficiente para pará-lo. João Carlos Martins foi destaque no universo da música clássica muito cedo. Mas ainda aria por outros fortes obstáculos.

A história de superação, disciplina e reconhecimento do pianista e maestro, que é conhecido pelos dedilhares certeiros ao piano e pela capacidade indiscutível de emocionar o público com suas regências, é tema desta edição do Impressões. João Carlos Martins é maestro por pura reinvenção. Sua paixão pela música era pautada principalmente pela relação de amor com o teclado. Depois da distonia, Martins ainda sofreu um acidente que ocasionou uma grave lesão em suas mãos e enfrentou a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e uma forte lesão cerebral que agravou suas capacidades. 

No primeiro momento, Martins ou quatro anos de sua carreira usando apenas a mão esquerda para tocar. Pouco depois, a limitação se agravou e, das duas mãos, conseguia utilizar apenas cinco dos dez dedos. O que já era um desafio, se tornou uma missão quase impossível: tocar apenas com os dois polegares. Nada parava o mestre. A batalha que perdurou mais de duas décadas, marcada por 24 operações, só teve trégua quando um designer de tecnologia ofereceu uma saída: uma luva biônica que faria com que o músico voltasse à sua plena capacidade.

O primeiro modelo foi aceito pelo maestro como um gesto de gratidão. Em seguida, Martins convidou o autor do prospecto para explicar detalhadamente suas dificuldades, e a luva foi readaptada. “Não vou ser nunca o músico de antigamente, mas o simples prazer de colocar os dez dedos no teclado para realizar uma música, isto me dá uma satisfação enorme”, desabafa.

Em nenhum momento, Martins sequer cogitou a possibilidade de se afastar da música clássica. Enquanto pôde, ele tocou e procurou a precisão e a velocidade ideal para interpretar composições de grandes nomes. Quando as limitações se intensificaram, ele se lançou à regência de orquestras que encheriam corações de emoção. 

João Carlos Martins é considerado o maior intérprete do compositor alemão Johann Sebastian Bach
João Carlos Martins é considerado o maior intérprete do compositor alemão Johann Sebastian Bach - Divulgação/TV Brasil

A fonte de toda determinação é explicada em afirmações aparentemente simples. Uma: “A música explica que Deus existe”, afirma ao citar casos como o do compositor Ludwing van Beethoven, que, mesmo surdo, compôs obras reconhecidas universalmente. Outra base para Martins diz respeito à missão que atribui a sua categoria: “Quando você está na frente do seu companheiro [o piano, no seu caso] ou de uma orquestra, a missão é transmitir emoção. A missão de um artista é chegar ao coração do público”, diz.

Ao completar recentemente 80 anos de vida, o maestro  – que hoje comemora seu reatamento com o piano graças à tecnologia e arrisca ingressar em redes sociais com mais de 170 mil seguidores já fiéis, desafio imposto pelo isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19 – não se curva ao tempo. 

“Aos 80 anos, estou anunciando planos para os próximos 20 anos. Aos 80 anos você pode encarar a idade como início ou fim de uma carreira. Eu encaro como início. A esperança nunca pode sair do seu dicionário ou rotina”, afirma o músico, que tem experiência suficiente para adotar tal postura.

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 16/07/2020 - 10:50

Últimas 5i6a5v

"Crianças e adolescentes devem ser prioridade absoluta", afirma Florence Bauer, da Unicef

Impressões 5x716a

Crianças devem ser prioridade absoluta na pandemia, defende Unicef i2d3b

Vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, é o entrevistado do Impressões

Impressões 5x716a

Distanciamento social ainda é necessário, afirma vice-diretor da OPAS 5l6s42

Katiuscia Neri entrevista Rosane Cuber Guimarães, da Bio-Manguinhos/Fiocruz

Impressões 5x716a

Rosane Guimarães fala sobre desenvolvimento de vacinas contra Covid-19 3a204f

João Carlos Martins é considerado o maior intérprete do compositor alemão Johann Sebastian Bach

Impressões 5x716a

João Carlos Martins: Tudo conspirou para que eu não tocasse mais piano 4e3s53

“O trabalho remoto veio pra ficar”, avalia a presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi

Impressões 5x716a

Maria Cristina Peduzzi, presidente do TST, é a entrevistada 2r5v3j

Katiuscia Neri entrevista a médica Nise Yamaguchi no Impressões

Impressões 5x716a

Imunologista Nise Yamaguchi defende tratamento precoce do coronavírus 2x5p2z

“Existe um vírus pior: o da raiva, do ódio, da insatisfação. Esse é muito difícil de ser sanado, a não ser com a sabedoria da ternura, da respiração consciente e do autocontrole”, afirma Coen

Impressões 5x716a

Monja Coen afirma que autoconhecimento pode ser antídoto na pandemia 244314

Fábio Coelho: "Não adianta nada eu estar  bem dentro da minha casa, se eu não posso sair à rua porquê tem pessoas sem sabão para lavar as mãos"

Impressões 5x716a

Pandemia evidencia exclusão digital, diz CEO do Google no Brasil 1p1o3d

ransporte aéreo de ageiros caiu 93% por causa do coronavírus, comenta presidente da Abear, Eduardo Sanovitz

Impressões 5x716a

“É a crise mais dura da aviação comercial”, diz presidente da Abear 5k6e3t

“Faremos o depósito muito rápido", promete presidente da Caixa sobre 3ª parcela do auxílio emergencial

Impressões 5x716a

Presidente da Caixa fala do desafio de pagar o auxílio emergencial 2og5g

/sites/default/files/thumbnails/image/foto_2_impressoes_luiz_felipe_ponde.00_29_42_22.still002.jpg

Impressões 5x716a

“A epidemia é uma doença social”, diz o filósofo Luiz Felipe Pondé 174f2i

Para o professor Burgos, home office traz  eficiência para segmentos do mercado

Impressões 5x716a

A tecnologia e as novas relações a distância após pandemia 3t1q3t

O que vem por aí 721l6j

Estudante

até 6 de junho 6355r

Estão abertas as inscrições para o Enem 2025 so1k

Cissa Guimarães conduz a roda de debates do Sem Censura

segunda a sexta, 16h 23ia

Sem Censura traz convidados especiais para roda de conversa 161k3l

Sebastião Salgado no programa Espaço Público

disponível no TV Brasil Play e564c

Reveja entrevista com o fotógrafo Sebastião Salgado 5f2y4