A guerra civil no Sudão completa hoje dois anos e ainda sem sinal de paz. O país enfrenta a pior crise humanitária do mundo.
Este é um dos campos que abrigam milhões de sudaneses que tiveram que sair de casa desde o início da guerra, há dois anos. Fatma Ahmed morava na capital Khartoum, mas já se mudou mais de três vezes nesse período. Ela conta que não está lidando apenas com o deslocamento, mas também com o fato da filha de 11 anos ter perdido a audição por causa da exposição aos sons dos bombardeios.
Nem os abrigos ficam de fora da guerra. No último domingo, as forças de apoio rápido do Sudão assumiram um importante campo para deslocados no norte de Darfur. O ataque deixou centenas de mortos e feridos. Os confrontos armados eclodiram em abril de 2023, entre o grupo paramilitar e o exército do país. A luta pelo poder começou porque os dois grupos não entraram em um acordo sobre a transição de governo depois que atuaram juntos para depor o ditador Omar al-Bashir, em 2019. Agora, dois anos depois, há pouca esperança de paz, já que os dois lados se recusam a negociar.
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