A violência nas escolas cresceu muito em intervalo de dez anos no Brasil, segundo pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com base em dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
De acordo com o levantamento, em 2013 foram registradas cerca de 3.700 vítimas de violência nas escolas. Em 2023, a quantidade de vítimas subiu para mais de 13.100. Os números incluem estudantes, professores e outros membros da comunidade escolar.
Segundo o Atlas da Violência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o bullying vitimou 30,9% dos estudantes em 2009. Índice que subiu para 40,5 % em 2019. Em 2009, 5,4 % dos estudantes do Ensino Fundamental deixaram de ir à escola por sensação de insegurança. Número que subiu para 11,4 % dez anos depois.
Para os pesquisadores, o aumento da radicalização política, com declarações de figuras públicas relativizando a violência, ajudou a criar um ambiente mais intolerante nas escolas. A desvalorização do magistério e a precarização da infraestrutura escolar contribuem para esse cenário.
Em nota, o Ministério da Educação afirma que, apesar do aumento dos casos de violência extrema nas escolas, as ações articuladas entre a União, estados e municípios vem contribuindo para o fortalecimento da cultura de paz no ambiente escolar. Nessa segunda-feira (14/4), o MEC abriu a adesão para estados e municípios ao programa Escola que Protege. O Ministério também afirma que faz investimentos contínuos em formação de profissionais da educação, materiais pedagógicos e articulação com a rede de proteção social.
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