A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu na manhã desta quinta-feira (22) por videoconferência sete testemunhas no julgamento do núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado. Elas foram indicadas pela defesa do tenente coronel Mauro Cid, um dos réus nessa ação.
Essa audiência durou cerca de uma hora e meia, foi comandada pelo ministro Alexandre de Moraes e todas as testemunhas são militares, amigos ou que trabalhavam com o tenente-coronel Mauro Cid em algum momento da carreira dele. Todas foram inquiridas pelos advogados de defesa e disseram que em nenhum momento Mauro Cid conversou com elas sobre uma tentativa de golpe de estado.
Entre os destaques está o depoimento do general Júlio César Arruda, que também é testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Arruda era então comandante do Exército no dia 8 de janeiro de 2023, mas ele permaneceu no cargo por apenas duas semanas. Ele foi demitido pelo presidente Lula.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, quis saber se era verdade que Arruda teria expulsado do seu gabinete o também general Mário Fernandes, também réu nessa ação e outros dois coronéis que teriam ido ao gabinete dele para tentar convencê-lo a aderir à tentativa de golpe de Estado. Arruda negou que isso tivesse acontecido, mas confirmou que se encontrou com Mário Fernandes.
O general também negou que na noite do dia 8 de janeiro desafiou, então, o comandante da Polícia Militar do Distrito Federal dizendo que a tropa dele, do Exército, era maior que da PM, quando a PM esteve no acampamento para prender os golpistas que retornavam. Essas prisões só foram feitas na manhã do dia seguinte, a Arruda disse que isso foi resultado de um acordo com o interventor do governo e também ministros que lá estavam. Nessa quarta-feira (21) quem prestou depoimento foi o ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior. Confira os detalhes na reportagem.
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