Cardeais do mundo todo estão reunidos no Vaticano, já preparando a escolha do novo papa, o conclave, que começa no dia 7 de maio. Até lá, crescem as especulações sobre quem poderá ser o próximo líder da Igreja Católica. Pelo menos quatro nomes aparecem com mais frequência como possíveis sucessores de Francisco.
O cardeal italiano Pietro Parolin, o braço direito do Papa Francisco, atua como secretário de Estado do Vaticano. Esse cargo reúne as funções de primeiro-ministro e de ministro das relações exteriores. Parolin tem a seu favor ser diplomata há 40 anos, o que é visto com bons olhos em tempos de guerra.
O cardeal italiano Pierbattista Pizzaballa é o patriarca latino de Jerusalém, uma das mais importantes arquidioceses católicas. Também diplomata, Pizzaballa chegou a se oferecer em troca da libertação das crianças sequestradas pelo Hamas na guerra com Israel.
Caso a escolha do próximo papa saia das fronteiras da Europa, o cardeal filipino Luis Antonio Tagle é apontado como um dos principais concorrentes. Ele já foi apelidado de “Francisco asiático” por conta de sua relação com os pobres. Tagle é conhecido por ser comunicativo e simpático.
Mas, para a corrente dos que acreditam na alternância de poder, ou seja, que o próximo papa precisa ser mais conservador, um forte candidato é o cardeal húngaro Péter Erdő. Péter já foi considerado um dos principais candidatos no conclave de 2013. Apesar de uma visão mais conservadora, ele é visto como moderado e aberto ao diálogo, além de ser apoiador do legado do Papa Francisco.
Os brasileiros não aparecem nas listas dos favoritos. Mas, se pensarmos no último conclave, o Papa Francisco também não estava entre os mais cotados. O cardeal brasileiro mais famoso e experiente é o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer. Seu nome foi ventilado entre os possíveis sucessores do Papa Bento XVI, de acordo com a autobiografia do Papa Francisco.
O Brasil tem oito cardeais, sete deles são elegíveis. Nosso país não tem tantos candidatos quanto outros, até menos católicos. De acordo com o professor de ciência da religião Rodrigo Coppe, isso acontece porque não existe uma regra para a quantidade de cardeais em um país. Eles são escolhidos pelo papa à medida que o pontífice confia neles. Por isso, um país pode ter mais cardeais, outros menos. Como 80% dos atuais cardeais foram promovidos por Francisco, não devemos esperar um afastamento radical de seu legado.
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