Em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, indígenas de quatro etnias lutam para preservar a cultura por meio da educação. Para isso, eles querem a criação da primeira faculdade indígena do país.
Na Aldeia Caturama, as crianças já crescem com grandes sonhos. Ser médico para atender os integrantes da aldeia, ou ser professor e ensinar a ler e escrever são só alguns deles. Para esses desejos se realizarem, o primeiro caminho é o o ao ensino.
Desde a Constituição de 1988, os povos indígenas têm direito a uma educação escolar intercultural, bilíngue e comunitária. O total de alunos indígenas nas faculdades brasileiras saltou de 9 mil para 46 mil em apenas dez anos, de 2011 a 2021, segundo dados do IBGE.
Agora a luta é pela criação da faculdade indígena, tanto para capacitar professores com a formação necessária para suprir a demanda das aldeias quanto para proporcionar um ambiente para que os estudantes indígenas possam permanecer ali para terminar seus estudos. A aldeia Caturama já tem até o projeto para a construção da faculdade. “Hoje, a gente pretende trazer o melhor ensino e a melhor educação para esse território, para que esse território seja reconhecido como referência para os outros. E um dos nossos maiores desejos para o futuro é construir a primeira faculdade indígena aqui nessa reserva”, afirma a cacica Agoho, líder da comunidade.
O Ministério da Educação criou um grupo de trabalho para estudar a criação da faculdade, inclusive por meio de consultas aos povos indígenas.
A reportagem é da Rede Minas, emissora da Rede Nacional de Comunicação Pública.
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